segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Licença! Preciso viver!







Hoje vi o colorido do mundo...
Ele voltou, 
Busquei você em meu coração e você não estava lá,
Ouvi a nossa canção e passei levemente a mão aos olhos...
E acredite, não havia lágrimas...
Relembrei nossos momentos, mas, meu coração continuava feliz...
Não senti o seu cheiro...
Não desejei você aqui...
As velhas cartas não faziam mais sentido...
Limpei minha caixa de mensagem...
Vi um mundo novo, sem as cinzas imagens.
Não quis pela primeira vez loucamente te procurar...
Peguei uma folha em branco e comecei a escrever
Escrever palavras alegres, da vida que continua...
Agora já posso sem dor escrever...
O quanto foi bom te amar...
Mas me dá licença que eu preciso VIVER...


Nô Ferreira.

Vendaval







Vento forte despenteando meus cabelos...
Refrescando meu corpo e não alivia minha dor...
Derruba as folhas das árvores...
Capaz até de quebrar as coisas...
Mas não leva embora esse tão fatídico amor.
Fico aqui observando as coisas irem embora no vento...
Ele forte imponente e muito discreto....
Mas não me ajuda, 
Não te tira do meu pensamento...
Certamente esse vendaval a encontrará em algum lugar...
Sibilará em seu corpo, despenteará seu cabelo e a fará sorrir...
Seu doce sorriso que um dia já foi meu...
Tenho inveja do vento que pode encontrar você...
Aqui contemplo apenas a destruição que ele deixou...
Assim como você que revirou meu mundo e me abandonou...


Nô Ferreira

A lua





A lua ali parada iluminando minha noite, 
Não vê que aqui meu coração dói ao contempla-la...
Lua que iluminou seu sorriso,
Que fez brilhar ainda mais o seu olhar...
Ali no balanço do nosso amor, eramos nós e a Lua...
No nosso ninho secreto ela espiava indiscreta...
Nossos beijos apaixonados tinha ela por testemunha...
A minha mão trêmula na tua...
Queria que o mundo parasse e ali iluminadas ficássemos...
O tempo passou, nossas mãos se soltaram...
Nossos olhares desencontraram.
E o gosto dos nossos beijos são só lembranças...
E eu aqui, sentada...
Lembrando do tempo em que fui tua, 
Minhas lágrimas refletem por ironia o brilho da Lua.


Nô Ferreira